segunda-feira, 29 de abril de 2013

COMEÇAMOS NOSSA ANIMAÇÃO!






Uma das coisas boas das aventuras é que a gente não imagina no que está se metendo. Nem imagina o trabalho que vai dar para sair dela com alguma dignidade. Começamos dessa forma, com muito entusiasmo e pouco planejamento. Conhecimento sobre técnica de stop motion, nenhuma. Tinhamos o roteiro, o Instituto Pandavas nos cedeu lugar para montar o set, um espaço ao lado da oficina de fabricação de papel artesanal.
     Começamos o que chamamos ingenuamente de “testes de animação” com bonecos plásticos, um fundo infinito e uma câmera fotográfica amadora. Precisávamos de um programa de animação. Buscamos na internet e encontramos um programa demo Animator DV. O programa não reconheceu a câmera e a qualidade dos frames ficou muito abaixo do que nós, amadores, desejaríamos. Já tínhamos tido problemas com equipamento inadequado tempos atrás quando resolvi fazer um documentário sobre a trajetória do Instituto Pandavas. Conseguimos um resultado razoável com as imagens, mas de qualidade técnica sofrível. Captamos com uma filmadora amadora que o programa de edição Final Cut não reconhecia, tão baixa era a qualidade das imagens. Resultado: o documentário só pode ser visto em tela pequena, de no máximo 19”, em tela acima desse tamanho, a imagem treme e granula. Desta vez, não queríamos correr o mesmo risco de ao fim de muito trabalho obter um resultado técnico abaixo da mínima expectativa.  Resolvemos investir num bom equipamento, uma máquina fotográfica digital Canon Eos 550D. Foi a melhor opção que fizemos. Por outro lado, o programa de edição gratuito era muito limitado e resolvemos adquirir um Animator DV profissional. Outra escolha acertada. Gastamos uma grana, mas é bem melhor que o resultado técnico e os meios de consegui-lo estejam à altura do nosso entusiasmo. Não existe nada pior que muito trabalho e resultado meia boca. Adquirimos também uma pequena mesa de luz, um refletor de mil, dois de quinhentos watts, lâmpadas várias, filtros de cor, arranjamos alguns tripés e quisemos começar. Mas por onde começar? Discutimos e optamos pelas cenas interiores, da casa da velha costureira, uma das personagens. E começamos. E aí, começaram também os nossos problemas. E, felizmente, as nossas soluções também.
   
Próximo post: problemas com a luz, com a boneca articulada e com o tempo da animação.



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